domingo, 2 de janeiro de 2011

Memória afetiva


Um tempo atrás, ao ver este post do Banana Craft, lembrei da minha velha bonequinha de tricotar. Estava esquecida lá no fundo do baú da memória, e, pensando bem, acho que foi com ela que nasceu a tricoteira em mim. Procurei por ela em todos os cantos, mas acabei me convencendo de que, num dos meus frequentes surtos de me livrar de tudo que não uso, havia jogado ela fora.

Ontem, procurando outra coisa, dei de cara com ela, guardada numa caixinha "especial", junto com minha grinalda e os noivinhos do bolo do meu casamento. :-)

Ganhei a bonequinha da mãe da Andrea, minha melhor amiga no jardim de infância, que havia viajado para a Alemanha e trouxe uma para mim e outra pra filha. Perdi contato com a Andrea, e não sei se ela se tornou tricoteira também. Mas amei aquele presente. Sempre que estava entediada, catava algum carretel de fio pela casa e tricotava cordinhas e cordinhas na minha boneca. Depois desmanchava e fazia de novo. Anos depois, uma tia me ensinou a tricotar com agulhas e esqueci da bonequinha.

Hoje ela está assim, toda velhinha e desbotada. Há 35 anos atrás, ela tinha até um rostinho desenhado, que foi apagado, provavelmente pelo atrito das mãos. Mas continuo achando ela linda!